segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O couro cabeludo tem o mesmo risco que a pele, quando o assunto é proteção solar

Os cabelos podem esconder uma lesão cancerígena na região e, por consequência, atrasar o diagnóstico e o tratamento. Por este motivo, dermatologista afirma que o couro cabeludo não deve ser ignorado e, assim como todas as áreas do corpo, ser examinado regularmente.
Todos sabem que principalmente no verão os índices de radiação atingem níveis considerados potencialmente cancerígenos, onde ocorre exposição à radiação UVA/UVB E IR (infravermelho). Esta exibição, ao longo dos anos, pode gerar lesões novas ou modificar aquelas que já existiam previamente na pele de qualquer pessoa. Mas, uma região que muitas vezes é esquecida e também faz parte da pele e merece todo cuidado, é o couro cabeludo, que também pode apresentar lesões causadas pelo sol, até mesmo tumores. Eles podem aparecer em diferentes tamanhos e formas, por isso, a prevenção e a detecção precoce são os melhores caminhos para evitar complicações.
A incidência de tumor nessa área não é tão grande quanto em outras. Não há dados oficiais no Brasil, mas, estudo realizado pela Universidade Carolina do Norte, nos Estados Unidos, afirma que o câncer no couro cabeludo é mais perigoso para o paciente quando localizado nessa região, pois pode causar metástase para o cérebro. A equipe de pesquisadores analisou 50 mil casos e descobriu que os pacientes com câncer de pele nessa área têm o dobro de chances de falecer quando comparados com os que têm a doença nos braços ou pernas.
O problema é mais suscetível em pessoas com cabelos muito finos, ralos e principalmente em calvos. Claudia Marçal, dermatologista da Clínica Cariz, que já atendeu muitos casos, afirma que os cabelos são uma proteção natural contra as radiações solares, porém, na medida em que os cabelos vão escasseando, perde-se essa proteção. "Não há filtro solar especifico para o couro cabeludo. Contudo, indico aplicar um protetor solar em spray para alcançar a área. Caso a pessoa seja calva, ela pode utilizar o mesmo produto aplicado no rosto, com FPS de, no mínimo, 30 e PPD 10, reaplicando a cada duas horas. Além disso, principalmente para quem trabalha exposto ao sol, deve-se usar bonés e chapéus", recomenda a médica.

Faça o autoexame
Alguns aspectos diferentes no couro cabeludo podem ser decisivos para chamar a atenção. Basta alguns minutos, uma vez por mês, na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar alguma mudança. "Normalmente, surge uma ferida pequena com casquinha que sangra facilmente. Consideramos que essa é a primeira etapa do problema, onde o próprio paciente pode pesquisar. Além disso, se a ferida for maior que seis milímetros, se houver coloração dupla ou tripla e se não cicatrizar em quatro semanas, é fundamental procurar o médico imediatamente para obter um diagnóstico preciso e tratamento adequado que, normalmente, é cirúrgico para retirada total da lesão e deve ser realizado o mais precocemente possível", afirma a dermatologista.

Fonte: Dra. Claudia Marçal . É dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School. Holding Comunicações.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Mulheres com risco de câncer de mama devem consultar o mastologista a partir dos 25 anos de idade

Perfil genético define com maior precisão qual o tratamento adequado para cada paciente.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o que mais mata mulheres no País. Como regra geral, as mulheres devem iniciar o rastreamento de câncer de mama a partir dos 40 anos, através da realização de mamografia anual. No entanto, existe um pequeno grupo de mulheres que deve iniciar o rastreamento antes dessa idade, às vezes até mesmo a partir dos 25 anos. Nesse grupo, encontram-se mulheres com história familiar de câncer de mama e com predisposição genética.

O mastologista Antonio Luiz Frasson, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que para se definir com qual idade a paciente deve iniciar a realização periódica da mamografia, o mastologista deve primeiro definir em qual grupo a paciente se encontra: se no grupo de alto risco com predisposição genética ou na população geral.

Os dois grupos de mulheres são bastante diferentes. A chance de uma mulher de 50 anos na população geral desenvolver câncer de mama é de cerca de 2%, ou seja, a cada 100 mulheres que atingem 50 anos, duas terão câncer de mama. E nessa população, o câncer de mama é idade-dependente, o que significa que quanto maior a idade da mulher, maior a chance de ela desenvolver o câncer. Aos 80 anos, a incidência é de cerca de 10%.

Ao mesmo tempo, a chance de uma mulher de 20 anos sem predisposição genética desenvolver câncer de mama é extremamente baixa. A cada 100 mil mamografias feitas, apenas duas seriam diagnosticadas. “Por outro lado, na população de alto risco, onde existe uma predisposição genética, o risco de se ter um problema aos 50 anos é em torno de 50%. Por isso, nesse grupo, o rastreamento deve ser iniciado antes. Em geral, o risco familiar é caracterizado pela presença de um familiar de primeiro grau com câncer de mama ou de ovário antes dos 50 anos ou quando a paciente tem um teste genético comprovando a mutação”, explica Frasson.

O médico ainda ressalta que, na Europa e no Canadá, o rastreamento mamográfico é indicado a partir dos 50 anos na população em geral, porque antes disso o risco de se ter o problema é menor. Além disso, existem os resultados falso-positivos, quando existe alguma alteração que não se confirma. Isso gera um estresse na paciente, além de procedimentos desnecessários, por isso existe tanta discussão sobre o assunto. “Mas no Brasil e também entre os radiologistas americanos, o rastreamento deve ser iniciado aos 40 anos”, complementa o mastologista.

Por outro lado, na população de alto risco, onde existe uma predisposição genética, o risco de ter um problema aos 50 anos é alto. Para esse público especificamente, o ideal é fazer um diagnóstico da mutação antes dos 30.

“Um tumor é um crescimento desordenado de células que não assume a capacidade de morrer. Existem milhares de genes responsáveis por fazer a duplicação celular acontecer de maneira correta e existem outros tantos genes responsáveis por fiscalizar isso”, acrescenta Frasson.

Após o diagnóstico de câncer de mama, deve-se definir seu subtipo e estadiamento. Antigamente, um dos fatores de prognóstico mais importantes era o tamanho do tumor. Hoje, através do mapeamento do perfil genético tumoral, pode-se definir se a doença tem alto ou baixo risco de disseminação sistêmica (quando pode afetar outros órgãos), nos revelando se existe necessidade ou não do uso de quimioterapia.

Um conjunto de exames denominado Symphony oferece ao médico precisão de 95% no momento de decisão sobre qual o melhor tratamento da mulher, que muitas vezes não precisa se submeter a tratamento sistêmico, como a quimioterapia. “Esses exames trazem informações que mudam a visão do problema, porque apontam sobre a gravidade ou não de determinado tumor se disseminar para outros órgãos. Assim, são importantes ferramentas que podem ser utilizadas para a tomada de decisão sobre qual o tratamento ideal frente a uma situação específica, e isso permite personalizar o tratamento com maior precisão”, finaliza Frasson. 
 
Fonte: RS Press 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Oncologistas do A.C.Camargo destacam hábitos de vida que podem trazer mais saúde e prevenção de câncer para a população em 2015


Câncer é uma doença que pode ser evitada na maioria dos casos com adoção de uma rotina de vida saudável. É possível diminuir os riscos de desenvolvimento da doença mantendo uma alimentação equilibrada, comendo bem, mas com moderação. Fundamental ficar longe do cigarro e quanto às bebidas alcoólicas evitar principalmente os destilados e, com vinho e cerveja, moderação sempre. Evitar também exposição exagerada aos raios solares e não se esquecer da importância do sexo seguro para se evitar o vírus HPV. Recomenda-se também a prática de atividade física e evitar a obesidade. São dicas para um 2015 com bem-estar e qualidade de vida.


O câncer não é uma doença prioritariamente hereditária, muito longe disso. Na verdade, apenas 1 em cada 10 tumores diagnosticados tem relação comprovada com herança familiar. Com isso, acredita-se que 9 em cada 10 casos da doença estão ligados à interação do ser humano com o meio ambiente, seja por hábitos nem sempre saudáveis, seja por meio da exposição a fatores e agentes de diferentes origens.

A doença tem uma base genética, mas as alterações gênicas envolvidas no câncer ocorrem de forma hereditária em apenas 10% dos casos. "Em todos os outros casos, essa alteração genética pode ser causada pelo cigarro, álcool, raios solares, alimentação carregada de conservantes, contatos com substâncias químicas nocivas e até mesmo por inúmeros vírus ou bactérias como HPV, Hepatites B e C, dentre outros", destaca o oncologista do A.C.Camargo, Jefferson Luiz Gross.

Pensando nisso, especialistas do A.C.Camargo Câncer Center, centro de referência mundial em prevenção, ensino, pesquisa e tratamento de câncer, aconselham iniciar 2015 com realização regular de caminhadas e atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada, sem exageros, comendo bem, mas com moderação, assim como ficar longe do cigarro e quanto às bebidas alcoólicas, evitar principalmente os destilados e, com vinho e cerveja, moderação sempre. O consumo de carne vermelha está relacionado ao risco aumentado para câncer de intestino e deve ser moderado. É válido eliminar da alimentação os embutidos e defumados, que contêm conservantes e agentes químicos de poder cancerígeno. Consumo de frutas e verduras tem efeito protetor, reduzindo os riscos de câncer. Confira as principais dicas para diminuição de riscos dos tipos mais comuns de câncer:

Mama - As chances de sucesso no tratamento do câncer de mama superam 90% quando há diagnóstico precoce. Por isso, o melhor caminho é a realização do exame de mamografia a partir dos 40 anos, com repetição anual. E para quem tem casos na família, como a mãe, tias, avós e irmãs, é fundamental visitar mais cedo o aconselhamento genético, que em conjunto com o mastologista vão apontar as melhores formas de acompanhamento. Recomenda-se fazer caminhadas e atividades físicas diversas e ter uma alimentação saudável, rica em frutas e verduras. Outros fatores de risco são o tabagismo, bebidas alcoólicas, principalmente os destilados.

Colo do útero - Este também apavora as mulheres, mas não há motivos para tanto. Isso porque é altamente prevenível com o uso de preservativos nas relações sexuais (já que é causado por um vírus, o HPV). A visita regular ao ginecologista é fundamental, pois ele vai indicar o Papanicolau, um exame simples e coberto por qualquer sistema de saúde. Através deste exame pode-se fazer diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura. O tabagismo e a má higiene genital também estão ligados à infecção por HPV.

Intestino - Os tumores de intestino e reto estão entre os cinco mais frequentes em homens e mulheres e pode ser evitado com hábitos saudáveis na alimentação. Quando ocorre, alcança elevados índices de cura se o diagnóstico é precoce - no A.C.Camargo, o índice de cura em fases iniciais é de 95%! Mais comum acima dos 50 anos, a prevenção ocorre com dieta rica em frutas, vegetais, fibras, cálcio e pobre em gorduras animais. O consumo de bebidas alcoólicas e de carne vermelha está relacionado à doença e deve ser moderado. Elimine de sua alimentação o consumo de embutidos e defumados, que contém conservantes e agentes químicos de poder cancerígeno. Além disso, consulte seu médico sobre a indicação de colonoscopia, que é recomendada a partir dos 50 anos de idade.

Pele - Os tumores de pele são os que mais ocorrem no mundo e também no Brasil, onde cerca de 120 mil homens e mulheres são diagnosticados a cada ano. Apesar de seu alto índice de cura, o diagnóstico precoce é fundamental, pois uma de suas manifestações, o melanoma, pode ser extremamente agressiva e letal. Por isso, sempre que notar o aparecimento ou crescimento de pintas irregulares em seu corpo, não hesite: procure um especialista e, se for o caso, uma equipe experiente e interdisciplinar para o tratamento. A exposição ao sol deve ser evitada principalmente entre 10h e 16h. Na praia e em caminhadas, não deixe de usar chapéu, guarda-sol, óculos escuros e filtros solares com fator de proteção a partir de 15. E coloque em sua rotina o exame de dermatoscopia digital, fundamental para o rastreamento e diagnóstico seguro.

Pulmão - Com alta incidência entre fumantes (mais de 90% dos homens e mulheres com este tumor são tabagistas). Embora seja considerado como um câncer perfeitamente evitável, o câncer de pulmão é um dos que mais faz vítimas fatais no Brasil. É essencial largar o consumo de tabaco e  consultar seu médico sobre a indicação de tomografia computadorizada do tórax como prevenção.

Estômago - Mais comum a partir dos 50 anos, o câncer de estômago pode ser evitado com uma dieta e hábitos saudáveis. Vegetais, legumes e frutas cítricas, sempre bem lavados, alimentos ricos em fibras e cuidados com os excessos com bebidas alcoólicas, além do sempre mal vindo cigarro são fundamentais para ficar livre da doença. Não há uma idade indicada para realização da primeira endoscopia. O A.C.Camargo aconselha a procura de um médico no caso de persistência de sintomas como azia, má digestão e dor abdominal.

Esôfago - O câncer de esôfago está diretamente associado ao tabagismo e ao alto consumo de bebidas alcoólicas. Há relação de maior incidência também por lesões cáusticas no esôfago, deficiência de ferro e agentes infecciosos. Também contam a existência de casos de câncer na família, por isso procure um oncogeneticista se este for o caso. Assim como indicado para a boa saúde do estômago e intestino, é importante adotar uma dieta rica em frutas e legumes, evitar consumo frequente de bebidas quentes e de alimentos defumados. O refluxo, outro fator de risco para esse câncer e que atinge mais de 20 milhões de brasileiros, precisa ter acompanhamento adequado de um especialista.

Boca - A melhor forma de evitar o câncer de boca é fugir do fumo, seja ele em charutos, cachimbos, cigarros ou folha mascada, e do consumo desenfreado de álcool, sobretudo destilados. Ter como regra uma higiene bucal adequada e, em caso de próteses dentárias, cuidar para que estejam sempre bem ajustadas. Evitar o uso de enxaguantes bucais com álcool, que podem provocar irritações na mucosa. Mais comum a partir dos 40 anos, seu principal sintoma é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma ou duas semanas, ulcerações superficiais e indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Situações mais extremas, como dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço podem ser sinais de câncer de boca.

Tireoide - O câncer da tireoide é o mais comum da região da cabeça e pescoço e é três vezes mais frequente nas mulheres. Pode ser observado pela presença de nódulo tireoidiano associado à rouquidão ou a gânglios linfáticos aumentados no pescoço. Histórico familiar da doença é importante sinal de alerta.

Retina - O retinoblastoma é um tumor ocular originário das células da retina, sendo que em 90% dos casos acomete crianças de até cinco anos de idade. Pode aparecer em apenas um ou nos dois olhos, por isso é importante estar alerta ao estrabismo e sinais como pupila do olho branca ao invés de vermelha na presença de luz - isso pode ser observado em fotografias com flash. Evidentemente, a presença desses sinais nem sempre é sinal do retinoblastoma. Por isso, consulte um especialista. Histórico familiar de retinoblastoma ou tumor ósseo requer um  aconselhamento genético feito por uma equipe especializada.

Leucemia - Tumor mais frequente na infância, sobretudo dos 2 aos 5 anos, a leucemia é altamente curável. No A.C.Camargo, quatro em cada cinco crianças se vêem livre da doença com o tratamento especializado. Não há sintomas claros para seu diagnóstico, mas vale a pena estar alerta a sinais como anemia repentina, fadiga, cansaço, desânimo, dificuldade para andar, sangramentos e febres ocasionais. A avaliação dos sintomas deve sempre ser feita por seu pediatra de confiança.

Laringe - A prevenção do câncer de laringe começa pelo não consumo de cigarro ou outros derivados do tabaco e também evitando o consumo de álcool e exposição à poluição. Principais sintomas são rouquidão, dificuldades para engolir, dor de garganta constante, falta de ar, caroços no pescoço, mau hálito, perda de peso e tosse. Pesquisa do A.C.Camargo aponta que 75% dos diagnósticos ocorrem em fase avançada da doença. Quando diagnosticados e tratados em fase inicial os tumores de laringe chegam a 90% de chances de cura.

Fonte: InterComunique

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Pacientes que retiraram laringe após diagnóstico de câncer interpretam clássicos da música brasileira no A.C.Camargo

Composto por 27 intérpretes, sendo 17 pacientes e 10 fonoaudiólogos, o Coral Sua Voz do A.C.Camargo Cancer Center fará uma apresentação especial de Natal na sexta, 12, às 12h, com entrada gratuita.

No próximo dia 12 de dezembro o A.C.Camargo Cancer Center oferecerá ao público um espetáculo que combina harmonia e superação. Nessa data, o Coral Sua Voz, formado por pacientes laringectomizados (submetidos à retirada da laringe após diagnóstico de câncer) e fonoaudiólogos da instituição, fará sua apresentação de Natal, na qual trarão clássicos da cultura brasileira como "Barracão de Zinco”, “Disparada” e "Asa Branca". O evento é aberto ao público e será realizado no Anfiteatro Senador José Ermírio de Moraes, às 12h.

O coral é integrado por 17 pacientes que, após tratarem um câncer na região das cordas vocais, passaram a se comunicar por meio de laringe eletrônica (vibrador), prótese, voz esofágica, fala bucal ou articulação de sons. O grupo é reforçado por mais 10 fonoaudiólogas, que compõem o soprano (agudo) do canto. Elisabete Carrara de Angelis, coordenadora do Grupo de Apoio ao Paciente Laringectomizado Total Sua Voz e diretora do Departamento de Fonoaudiologia do A.C.Camargo, executa o instrumental, constituído exclusivamente pelo violão.

A apresentação de Natal, que ocorre pelo quarto ano consecutivo, celebra o êxito do projeto. O desempenho do grupo despertou grande interesse do público ao longo de 2014, que se surpreendeu com a apresentação dos coralistas realizada no auditório do MASP em dezembro de 2013. "O vídeo deste espetáculo gerou quase dois milhões de visualizações no YouTube. Boa parte do público sequer sabia o que era um paciente laringectomizado", destaca a fonoaudióloga Elisabete Carrara, se referindo à ação O Coral Inesperado, que pode ser conferida em www.youtube.com/watch?v=wwUCm8yPU9E.

A fonoaudióloga destaca a importância desta iniciativa para combater preconceitos relacionados ao som da voz esofágica. "Todo preconceito surge em função da falta de informação, pois normalmente não se conhece os diferentes sons e possibilidades desse tipo de voz. A atuação do coral é uma forma de mostrar que esse paciente pode falar ou até mesmo cantar", afirma ela.

Não há necessidade de inscrição prévia para assistir à apresentação. O Sua Voz é uma iniciativa aberta a todos os submetidos à laringectomia total, estando ou não em tratamento em outra instituição. O convite estende-se também a familiares e cuidadores. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis em www.accamargo.org.br/sua-voz.

CÂNCER DE LARINGE NO BRASIL: TUMORES AVANÇADOS – Os casos de câncer de laringe que demandam a realização de laringectomias estão diretamente relacionados com a realidade da doença no Brasil. Diagnóstico tardio! Sete entre dez casos de câncer de laringe são diagnosticados hoje no Brasil em fase avançada da doença, para os quais a laringectomia é uma opção inevitável. O grande complicador da doença avançada é que os tumores mais agressivos não podem ser tratados de forma conservadora, gerando mais sequelas.

Na casuística do A.C.Camargo Cancer Center, o diagnóstico tardio está na faixa dos 70%, sendo que de cada 10 pacientes, 4 passam pela laringectomia total. "São pacientes com estadio 4, cuja doença está muito extensa e a laringe já está destruída completamente, não passível de conservação", alerta o cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Cabeça e Pescoço do A.C.Camargo, Luiz Paulo Kowalski. Para os pacientes diagnosticados em estadio 3, quase sempre a indicação é de radio e quimioterapia, sendo que em 60% a 70% das vezes é possível preservar a laringe. "A laringectomia total é o tratamento de escolha na doença muito avançada, na qual a laringe não mais funciona. Para aqueles que fazem a quimioterapia e radioterapia há um grupo de 30% a 40% que vão recidivar (a doença voltar) e, por sua vez, também serão tratados com laringectomia total", explica Kowalski. O melhor cenário é diagnosticar até o estádio 2, no qual há indicação de cirurgia conservadora (endoscópica ou à laser) ou radioterapia exclusiva, tratamentos com maior percentual de controle da doença e que geram menos sequelas para o paciente.


SERVIÇO
APRESENTAÇÃO DO CORAL SUA VOZ

Realização: A.C.Camargo Cancer Center
Interpretes: Pacientes que integram o Grupo de Apoio ao Paciente Laringectomizado e fonoaudiólogos
Data: 12 de dezembro de 2014
Horário: 12 horas (meio-dia)
Local: Anfiteatro Senador José Ermírio de Moraes - A.C.Camargo Cancer Center
Endereço: Rua Professor Antônio Prudente, 211, Liberdade, São Paulo-SP
Facebook: http://www.facebook.com/accamargocancercenter

Fonte: Inter Comunique

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

5 fatos importantes sobre imuno-oncologia que você precisa saber

O tratamento do câncer passa atualmente por um dos momentos mais promissores de sua história com a descoberta da imuno-oncologia - uma terapia em que o próprio sistema imunológico do paciente combate as células tumorais, com a possibilidade de prolongar a sobrevida de longo prazo e a qualidade de vida dos pacientes acometidos pela doença.

Atualmente a imuno-oncologia é adotada principalmente para o tratamento do melanoma metastático. No entanto, a perspectiva para os próximos anos é que vários tipos de câncer sejam tratáveis e haja menor incidência de óbitos em uma parcela significativa dos pacientes.

Para ajudar a entender a enorme mudança que está em curso, seguem abaixo 5 fatos importantes que você precisa saber sobre essa abordagem inovadora para o tratamento do câncer:

1. O que é imuno-oncologia?
A imuno-oncologia é uma abordagem inovadora para o tratamento de diversos tipos de câncer porque utiliza a capacidade natural do próprio sistema imunológico do organismo no combate às células tumorais, ao contrário das terapias tradicionais, que são direcionadas a atacar o tumor por meio da divisão das células.

2. E como são os efeitos colaterais na imuno-oncologia?
Uma das principais vantagens deste tipo de tratamento é a diminuição substancial dos efeitos colaterais e nocivos decorrentes das terapias convencionais, pois seu uso não compromete as células saudáveis, o que evita alguns efeitos indesejados como, por exemplo, a alopecia (perda de cabelo), dor, náusea e vômito. Porém, a terapia também pode causar outros efeitos, como vermelhidão na pele, anemia, alterações glandulares, desidratação, falta de ar, tosse e perda de peso, entre outros.

3. Quais são as principais vantagens deste tipo de tratamento em comparação com os demais?
A principal vantagem é a sobrevida a longo prazo: até o momento, 24% dos pacientes tratados apresentaram sobrevida de 2 anos.

4. A imuno-oncologia pode ser o futuro para o tratamento de câncer?
Sim, o tratamento de diversos tipos de câncer pode ter como base medicamentos imuno-oncológicos. Atualmente já existem centenas de estudos em todo o mundo para tratar tumores como melanoma avançado, câncer de pulmão não pequenas células escamosos e não escamosos, carcinoma de células renais, câncer de cabeça e pescoço, entre outros.

5. Os medicamentos imuno-oncológicos vão demorar para chegar ao Brasil?
Não. Já existem medicamentos imuno-oncológicos no Brasil para o tratamento do melanoma metastático. A tendência é que, com a submissão de novos medicamentos nos EUA, Europa e Japão, os mesmos também sejam submetidos à avaliação da autoridade sanitária Brasileira para a disponibilização desses novos produtos no mercado nacional.


Fonte: Bristol-Myers Squibb, Immunooncology.